Aproveitando a temática do Halloween, gostaria de trazer uma curiosidade sobre o tema. Lélio Lauretti e eu, mencionamos em nossa obra “Código de Conduta: Evolução, Essência e Elaboração”, editado pela Editora Fórum, sobre o livro Malleus Maleficarum, mais conhecido como Martelo das Bruxas e sua relação com código de conduta. Confira:
Em 1487, foi lançado na Alemanha o livro Malleus Maleficarum, mais conhecido como Martelo das Bruxas, uma recopilação de crenças sobre bruxaria e explicações sobre muitos aspectos do tema e métodos para sua erradicação – um dos livros mais obscuros e nocivos da história da humanidade. Serviu de base para a condenação à morte de milhares de mulheres via queimação em praça pública, degola e, em casos mais leves, prisão perpétua. O Martelo das Bruxas é uma espécie de manual de diagnóstico sobre bruxas, dividindo-se em três partes: a primeira, ensinava os juízes a reconhecerem as bruxas em seus múltiplos disfarces e atitudes (condutas); a segunda, expunha todos os tipos de malefícios, classificando-os e explicando-os; e a terceira, regrava as formalidades para agir “legalmente” contra as bruxas, mostrando como inquiri-las e condená-las.
O Malleus Maleficarum fez estender o entendimento de que as bruxas eram reais, perigosas e que deveriam ser mortas. A obsessão e o medo eram tanto que qualquer desconfiança ou conduta que desagradasse ao esposo ou vizinhos poderia ser a causa da desgraça de uma mulher, pois segundo seus autores, Kramer e Sprenger, denúncias contra as mulheres nunca deveriam ser descartadas.
Uma vez levadas aos tribunais, não tinham nenhuma chance de se salvarem. Eram torturadas e mortas.