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Desastre da BP coloca acionistas em alerta

O acidente na plataforma “Deepwater Horizon”, que explodiu a 80 km da costa dos Estados Unidos, provocando a pior catástrofe ambiental da história do país, matando 11 trabalhadores e prejudicando milhares de pessoas que perderam seus meios de vida depois do desastre, tem desencadeado uma onda de preocupação nos investidores quanto às questões ambientais, sociais e de governança das empresas. Após o desastre, os papéis da BP já caíram 45%, o que equivale a uma perda de valor no mercado próximo a US$ 85 bilhões. Para piorar, a BP suspendeu os dividendos previstos para este ano, o que significa um sofrimento ainda maior para os acionistas. Para Michael Passoff, diretor sênior do Programa de Responsabilidade Social Empresarial, da organização de defesa dos direitos dos acionistas As You Sow, em San Francisco, antes mesmo da explosão da plataforma da BP, as questões referentes à sustentabilidade ambiental já começavam a atrair maior atenção dos investidores. “Os investidores estão vendo que práticas ambientais influenciam seu resultado financeiro. Está começando a ser aceito de forma mais comum”, afirma. Já Robert Graham, fundador da Jenner & Block, banca de advocacia especializada em legislação ambiental vê como exemplo dessa mudança de consciência a maior receptividade da Securities and Exchange Commission (SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) em exigir mais informações sobre várias questões relacionadas às mudanças climáticas. No passado, os pedidos a favor da divulgação de riscos tendiam a ser vistos como hipotéticos. Com o desastre no Golfo do México, Graham prevê que os pedidos por essas

A maré negra da comunicação da BP diante da crise no golfo do México

A maré negra que atingiu desde o dia 20 de abril, a região do golfo do México e agora respinga sobre o CEO da petroleira britânica BP, antiga British Petroleum é um exemplo de como comunicação corporativa ainda é mal empregada em momentos de crise. O acidente na plataforma “Deepwater Horizon”, que explodiu a 80 km da costa dos Estados Unidos, provocando a pior catástrofe ambiental da história do país, matando 11 trabalhadores e prejudicando milhares de pessoas que perderam seus meios de vida depois do desastre, mostra como as empresas continuam a conviver com os autoenganos do “conosco nunca irá acontecer” ou então do “está tudo sob controle”. Pouco depois do vazamento, ainda no mês de abril, Hayward que é CEO da BP desde 2007, disse que o desastre teria um efeito ambiental limitado. No final de maio, com a catástrofe mais do que confirmada, Hayward afirmou que a situação estava sob controle. Já ontem, 17 de junho, Tony Hayward iniciou seu discurso no Congresso norte-americano pedindo desculpas. “Peço imensa desculpa pela explosão e pelo derrame. Ninguém sabe porque é que isto aconteceu, mas a BP vai fazer tudo o que está ao seu alcance para que um desastre destes não volte a se repetir”, afirmou. A lentidão no processo de gerenciamento de crise e a falta de transparência informacional com que a BP tem tratado o desastre só demonstram o despreparo de seus líderes empresariais diante de situações de crise. Estar preparada é estar constantemente se preparando e, principalmente, aprendendo com