Categoria: Especial 8 Ps da Governança

Especial: os “8 Ps” da governança corporativa em nove empresas brasileiras (parte 3)

Dando continuação a série de publicações com o resultado da avaliação situacional dos “8Ps” da Governança Corporativa em nove empresas brasileiras (2006 a2011), hoje apresentamos a terceira parte, que versa sobre “A propriedade”. O levantamento foi realizado pelo economista e professor José Paschoal Rossetti para o livro “Governança Corporativa em Empresas Familiares”, lançado este ano pelo IBGC, no Congresso de Governança Corporativa, realizado em São Paulo. A propriedade O Quadro 1 traz os resultados da avaliação sobre sete questões fundamentais relacionadas à propriedade. Nas nove empresas, a média ponderada das avaliações foi de 7,2, bastante próxima da média geral. As questões com maior distanciamento em relação às situações desejáveis relacionaram-se aos sucessores dos atuais grupos controladores, tanto em relação às percepções sobre alinhamento entre eles quanto à preparação e à motivação para integrarem a administração das empresas. Níveis mais altos de coesão foram observados entre os grupos acionários controladores. Estas avaliações confirmaram resultados de pesquisa anterior[1] que realizamos na Fundação Dom Cabral, no período 1998-2005, no Programa PDA – Parceria para o Desenvolvimento de Acionistas – abrangendo 30 empresas e 237 controladores e sucessores de empresas familiares. Nessa pesquisa, os graus presumidos de coesão foram classificados como muito altos e altos entre 74,2% dos controladores; entre 20,3%, baixos; e muito baixos entre 5,5%. Já entre controladores e sucessores, os graus muito altos e altos caíram para 36,2%; baixos, 47,2%; muito baixos e não indicados, 15,6%. A questão que recebeu a mais alta pontuação foi a blindagem da empresa quanto a fatores de risco

Especial: os “8 Ps” da governança corporativa em nove empresas brasileiras (parte 2)

Dando continuação a série de publicações com o resultado da avaliação situacional dos “8Ps” da Governança Corporativa em nove empresas brasileiras (2006 a 2011), hoje apresentamos a segunda parte, que versa sobre as características das empresas selecionadas. O levantamento foi realizado pelo economista e professor José Paschoal Rossetti para o livro “Governança Corporativa em Empresas Familiares”, lançado este ano pelo IBGC, no Congresso de Governança Corporativa, realizado em São Paulo. Características das empresas selecionadas De um universo de quinze empresas em que a metodologia foi aplicada, doze são familiares de capital fechado. Das doze, selecionamos nove, todas com uma característica comum: já contavam com Conselhos de Administração. Entendemos que não se trata – e por várias razões metodológicas – de uma amostra representativa do universo destas empresas no Brasil. Ainda assim, admitimos que seja um conjunto significativo, tanto para avaliar a eficácia do método que empregamos, quanto para apontar problemas comuns identificados nestas empresas, como ainda para tipificar seus ambientes de governança. O conjunto das nove empresas é qualificável por três atributos revelados na Figura 2. Setores de atividade; 2. Dimensões econômicas; e 3. Estágios geracionais. O levantamento situacional, em todas elas, foi realizado com questionário respondido por acionistas atuantes na administração (Conselho ou Diretoria-executiva), por acionistas não administradores, por sucessores indicados pelas famílias e por diretores e gerentes indicados pelos administradores. As respostas aos questionários foram precedidas, em todas as empresas, por entrevistas individuais estruturadas, focadas nas percepções dos entrevistados sobre questões relacionadas a cada um dos “8 Ps”. A mediana do

Especial: Os “8 Ps” da governança corporativa em nove empresas brasileiras (Parte 1)

Apresentamos uma série de publicações com o resultado da avaliação situacional dos “8Ps” da Governança Corporativa em nove empresas brasileiras, no período de 2006 a 2011. O levantamento foi realizado pelo economista e professor José Paschoal Rossetti para o livro “Governança Corporativa em Empresas Familiares”, lançado este ano pelo IBGC, no Congresso de Governança Corporativa, realizado em São Paulo. Uma proposta metodológica para levantamento de hiatos Este levantamento apresenta os resultados de metodologia de avaliação situacional aplicada em nove empresas familiares brasileiras, no período 2006-2011, em trabalhos de consultoria para adequação dos sistemas de governança corporativa. O objetivo do levantamento é avaliar a situação das empresas e identificar hiatos em relação a “situações desejáveis”, em oito dimensões, descritas por “8 Ps”. Em cada dimensão foram destacados pontos positivos dos sistemas de governança. Mas foram também observados hiatos que sintetizam adequações exigidas para maior aproximação às práticas desejáveis de boa governança. Os pontos mais fortes das empresas avaliadas são a estrutura de poder estabelecida; os valores, princípios e legados; e a qualidade dos propósitos e rumos estratégicos definidos para os negócios. Já os que requerem maior atenção são a clareza na definição dos países das famílias, dos grupos societários e dos administradores; a gestão de pessoas; e as regras, as práticas, o funcionamento e a eficácia dos Conselhos de Administração. Introdução Em busca de metodologias e de instrumentos de trabalho para levantamentos situacionais e adequação de sistemas de governança, propusemos, em Governança corporativa: fundamentos, desenvolvimento e tendências [1], uma síntese descrita por “8 Ps”: