Categoria: Governança Corporativa

Na Europa, princípios cristãos pautam mecanismos de regulagem de práticas corporativas

A demanda por ações éticas vem crescendo a cada ano devido à intensificação das preocupações dos investidores quanto ao meio ambiente e à incerteza sobre como as instituições financeiras obtiveram lucros após a crise global. A partir desse escândalo financeiro, que afetou diretamente o ritmo das atividades bancárias e das bolsas, o mundo dos negócios tem se preocupado cada vez mais em criar mecanismos de regulagem para que as boas práticas corporativas sejam monitoradas. É o que vem acontecendo com a proliferação de inúmeros fundos éticos e, o que agora parece entrar também na pauta das instituições religiosas. O primeiro índice cristão de ações da Europa foi lançado em abril deste ano, em resposta à crescente demanda dos investidores por ações ditas éticas. O índice Stoxx Europe Christian compreende 533 companhias européias, dentre elas estão, HSBC, Nestlé, Vodafone, Royal e Dutch Shell, que só obtêm receitas de fontes que não faturam com pornografia, armas, tabaco, produtos de controle de natalidade, jogos de azar, entres outros princípios cristãos. Estas empresas já faziam parte do Stoxx Europe 600, com as ações mais líquidas das maiores bolsas de 18 países europeus. Também surgiram alguns índices de ações que respeitam a sharia, isto é, a lei islâmica. Esses índices atraíram o rico grupo de investidores árabes que seguem o código canônico do Alcorão. Dentre as empresas, está a fabricante do Blackberry, Research Motion. Leia também: Metodologia dos 8P da governança

Brasil é líder de emergentes em governança corporativa

Alguns dos principais investidores do mundo elegeram o Brasil com o país em desenvolvimento com a melhor governança corporativa. O País recebeu 71% dos votos de uma plateia de cerca de 350 investidores reunidos ontem, em Toronto (Canadá), em um painel do encontro anual da Aliança Internacional de Governança Corporativa (ICGN). O restante dos votos foram distribuídos entre China, com 15%, Índia, com 9%, e Coreia do Sul, com 5%. O ICGN tem 480 membros em 45 países. Os investidores filiados à entidade administram cerca de US$ 9,5 trilhões. Entre os membros, está, por exemplo, o CalPERS (Fundo de Pensão dos Funcionários Públicos da Califórnia). É o maior fundo de pensão do mundo, com investimentos de US$ 55,2 bilhões em 2009. “Esse resultado demonstra que os investidores estão se sentindo mais protegidos no Brasil do que em outros países”, disse José Luiz Osório, ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e sócio da Jardim Botânico Investimentos. Osório participou do painel como palestrante, representando o Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Leia também: Evolução dos padrões da Governança do Estado Brasileiro

A governança corporativa no cenário de crescimento do tamanho das empresas brasileiras

Em entrevista ao Valor Econômico, o economista Eduardo Giannetti da Fonseca avalia a evolução do poder de barganha das empresas brasileiras no cenário internacional e a importância da governança corporativa para o crescimento do mercado de capitais. Confira, a seguir, a entrevista na íntegra: Empresas de grande porte fazem bem ao país, diz Giannetti Por Graziella Valenti, de São Paulo 01/06/2010 O economista Eduardo Giannetti da Fonseca acredita que é bom para o Brasil o crescimento do tamanho das companhias, que passam a ser atores importantes no cenário internacional. Para o especialista, professor do Insper e PhD em Economia pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra, o risco de as sociedades se tornarem reféns de grupos gigantes pode ser controlado com a disciplina do próprio mercado, tanto testando a competitividade das empresas quanto exigindo maior transparência. Valor: Qual impacto econômico que a consolidação setorial e o “agigantamento” das companhias traz para o país? Eduardo Giannetti: É uma notícia bem-vinda, essa do crescimento do número de empresas de grande porte no Brasil. A consolidação de posições fortes de mercado não ocorre só no Brasil. É uma tendência mundial. Traz grandes ganhos de escala e a possibilidade de uma atuação mais presente num mundo globalizado, que exige porte para se tornar um ator relevante. O que me preocupa no Brasil é o desaparecimento da classe média das companhias. A gente não vê muita renovação no segmento das pequenas e médias com potencial de se tornarem grandes. Há um vácuo no segmento intermediário. Não se vê, por

A universalidade dos princípios de governança corporativa

A base ética da governança consiste nos princípios. Por sua universalidade, eles estão presentes nos códigos de boas práticas hoje editados em todas as partes do mundo. Os fundamentos valorizados são compliance, disclosure e accountability. Leia mais sobre Princípios, um dos 8Ps da governança corporativa. Confira também a síntese conceitual sobre cada P da Governança Corporativa!