Na Europa, princípios cristãos pautam mecanismos de regulagem de práticas corporativas

A demanda por ações éticas vem crescendo a cada ano devido à intensificação das preocupações dos investidores quanto ao meio ambiente e à incerteza sobre como as instituições financeiras obtiveram lucros após a crise global.

A partir desse escândalo financeiro, que afetou diretamente o ritmo das atividades bancárias e das bolsas, o mundo dos negócios tem se preocupado cada vez mais em criar mecanismos de regulagem para que as boas práticas corporativas sejam monitoradas. É o que vem acontecendo com a proliferação de inúmeros fundos éticos e, o que agora parece entrar também na pauta das instituições religiosas.

O primeiro índice cristão de ações da Europa foi lançado em abril deste ano, em resposta à crescente demanda dos investidores por ações ditas éticas. O índice Stoxx Europe Christian compreende 533 companhias européias, dentre elas estão, HSBC, Nestlé, Vodafone, Royal e Dutch Shell, que só obtêm receitas de fontes que não faturam com pornografia, armas, tabaco, produtos de controle de natalidade, jogos de azar, entres outros princípios cristãos. Estas empresas já faziam parte do Stoxx Europe 600, com as ações mais líquidas das maiores bolsas de 18 países europeus.

Também surgiram alguns índices de ações que respeitam a sharia, isto é, a lei islâmica. Esses índices atraíram o rico grupo de investidores árabes que seguem o código canônico do Alcorão. Dentre as empresas, está a fabricante do Blackberry, Research Motion.

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