Adesão a juramento ético nas escolas de negócio ainda é baixa

Acusados de serem responsáveis por todos os males que afligiam o sistema financeiro após a crise econômica, os formandos pelo programa de MBA de Harvard decidiram promover em 2009, a ética empresarial por meio de um juramento que prevê um conjunto de princípios nos quais se comprometem a trabalhar.

A iniciativa que começou com a adesão de 44% dos formandos, um número extremamente baixo se analisarmos a situação econômica naquela época, contou este ano com a participação de apenas 33% dos alunos, como revelou a reportagem de Della Bradshaw para o Financial Times.

Apesar de Harvard ser ainda a única das grandes escolas de negócios dos Estados Unidos a promoverem tal compromisso, há sinais de que os juramentos estão ganhando força internacionalmente. No Reino Unido, por exemplo, 30% da turma da Strathclyde Bussiness School de Glasgow aderiu ao juramento.

Segundo Michael Cooper, responsável por essa iniciativa em Strathclyde, onde 90% dos alunos são estrangeiros, a baixa popularidade dessa medida é difícil de ser explicada. “Algumas pessoas dizem: ‘Admiro o juramento, mas acho que não posso aderir. Não funcionaria em meu país’”.

Angel Cabrera, presidente da Thunderbird School of Global Management, vê a medida como algo de real valor dentro da comunidade das escolas de negócios. “Ela muda a discussão. Nos pressiona a repensar o currículo dos cursos. Caso contrário, você pode passar por um programa de MBA inteiro sem ser informado de que a corrupção é algo inaceitável”.

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